INSTINTOS, SENSAÇÕES E SENTIMENTOS
Na
planta, a inteligência dormita; no animal, sonha; só no homem acorda,
conhece-se, e torna-se consciente; a partir daí o progresso, de alguma sorte
fatal nas formas inferiores da Natureza, só se pode realizar pelo acordo da
vontade humana com as leis Eternas. (Leon Denis)
Somos o ápice da criação neste
planeta. O mineral apresenta certa organização cristalográfica, mas é inerte. O
vegetal apresenta funções, mas totalmente automáticas. No animal, já se observa
o instinto a nortear a conduta, com pequenos graus de liberdade. A consciência
é atributo exclusivo da humanidade. Passamos, apesar de conservar parte dos instintos,
a ter controle sobre nossos atos e escolhas e, como consequência, assumimos as
responsabilidades por estas mesmas escolhas. Nos primeiros estágios da
evolução, esta vontade se volta a satisfazer coisas antes atendidas pelo
instinto. Ao agregar a vontade, ainda mal treinada, ocorre aparente retrocesso,
pois as escolhas parecem piores do que as dos animais irracionais. Daí algumas
pessoas dizerem que os animais são “melhores” do que as pessoas. Seria como
comparar um analfabeto com aquele que, recém alfabetizado, escreve, mas erra
bastante. O analfabeto não erra, mas tampouco acerta, enquanto o aprendiz erra,
mas, com os erros, aprende e evolui.
Se no animal, regido pelo instinto,
prevalece a fome, no homem, ao princípio, rege-o a gula. Visa atender às
sensações, busca o recém descoberto prazer. No devido tempo, desenvolverá o
controle e se alimentará de forma adequada, melhor ainda do que o animal. Se na
besta a cópula atende à necessidade da preservação da espécie, no homem
primitivo o desejo aflora na sexualidade inconsequente, com prejuízos físicos e
morais, mas, com o tempo, vai dominando a necessidade de sensações e desenvolve
sentimentos, e assim, sucessivamente, vamos adquirindo o controle sobre estas
novas habilidades que, no início, nos perturbavam e absorviam excessivas
energias. Os instintos dão lugar aos desejos e estes são substituídos pela
vontade. O império das sensações vai se aperfeiçoando no universo de
sentimentos, pois assim fomos criados por Deus: imperfeitos, mas voltados ao
aperfeiçoamento. É necessário o concurso do tempo para esta evolução, pois o
progresso não dá saltos, mas, assim como não descartamos a fruta ainda verde,
por não ter bom sabor; ao contrário, a preservamos para o devido
amadurecimento, não devemos criticar os defeitos do próximo ou os nossos.
Devemos, ao contrário, reconhece-los e nos esforçarmos para aprender a conduta
correta que nos conduzirá ao nosso destino, que é sermos felizes.
Trecho do
livro “Simplificando sua vida”.
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