“O pão nosso de cada dia dai-nos hoje” – Mt 6:11
Você já parou para
pensar na singeleza e profundidade deste pedido de Jesus, formulado na oração
do Pai Nosso? Vejamos: Jesus não pede ao Pai bolos ou banquetes, mas o simples
pão. Nada de excessos, só o necessário. Por outro lado, pede o pão “de cada
dia”. Evita a acumulação, até porque o pão novo é melhor do que o pão de ontem.
A sabedoria deste
pedido deveria nos ajudar a aprender um pouco mais a respeito do que é real
necessidade e o que é falso. A vida em sociedade, tão importante para nossa
evolução, traz em si uma inevitável comparação entre as pessoas. E,
comparando-se com os outros, não se comparam as experiências interiores, posto
que estas não são visíveis, mas as posses exteriores. Por mais feliz que
estejamos com nosso carrinho antigo, ver o vizinho de carro novo dá uma vontade
de também trocar... Nesta hora, nos cabe deixar de lado esta influência
exterior e buscar, dentro de nós, as respostas corretas. Pode até acontecer de
aprendermos observando os outros, mas no mais das vezes, apenas competiremos,
quando se trata de conquistas materiais. Na nossa sociedade é hábito avaliar as
pessoas, mais pelo que têm do que pelo que são, e isto nos leva a criar
necessidades que não são reais.
Os avanços da
tecnologia nos abrem possibilidades de consumo inesgotáveis. Quem viver
tentando ter sempre a última tecnologia lançada está fadado à insatisfação,
pois logo surge outra a fazer com que tornemos a consumir. A cultura do
descartável valoriza mais quem faz a roda do lucro girar. Tudo o que se compra
por impulso ou por propaganda é, na verdade, desnecessário. Nem digo inútil,
pois pode nos facilitar a vida, poupar tempo ou proporcionar prazer, mas não
deve ser fonte de inquietação, muito menos objetivo prioritário. Cada um destes
objetivos, assim que conquistado, é substituído, em nossa mente, por outro
maior, gerando constante insatisfação.
As reais
necessidades, por outro lado, quando supridas, se bastam e geram satisfação e
realização. Comer, quando se está com fome sacia a fome, mas a gula gera mais e
mais vontade, levando ao sobrepeso e doenças. A sexualidade como troca de
energias, nos tranquiliza, enquanto os abusos nos deixam em busca incessante,
sem ter paz. Um celular que funciona e é substituído pelo novo modelo só nos
contenta até vermos o mais recente lançamento e assim sucessivamente. Afinal,
as coisas nos servem ou nós servimos a elas?
Deixe de ser escravo
do consumismo. Avalie cada coisa que vai adquirir. Se tem real necessidade, ou,
ao menos, se vai efetivamente agregar qualidade de vida. De outra forma, será
uma ansiedade que lhe tomará o tempo, as energias e os recursos, sem oferecer
em troca nada que valha a pena.
Trecho do livro
“Simplificando sua vida”.
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