“o amor cobre a
multidão dos pecados” (1Pe 4:8)
Costuma-se
ouvir dizer que a dor é necessária para a recuperação dos erros, tipo “ele já
pagou, de tanto que sofreu”. É um engano. Deus
não pune, dá oportunidade de aprender e reparar, sem necessidade da dor. Ao
negarmos a mudança e a reparação, surge a dor como instrumento provocador da
mudança.
Tomando
como exemplo a dor física, uma simples dor de dente. Se dói muito, somos
“empurrados” a ir ao dentista. Mas a opção é nossa. Se formos e tratarmos o
dente, a dor cessa. Se não formos, ela piora. Mas nunca ninguém pensa que a dor
de dente faz o dente se curar! Se há um “buraco” no dente, tem que ser tratado
e tapado!
Na
vida espiritual, não é diferente. Somos chamados a modificar nossa conduta. Se
modificamos, não precisaremos de sofrimento, apenas reparar os erros fazendo
coisas boas para compensar ou consertar as erradas que fizemos. Se não
mudarmos, vem a dor, para nos impelir à mudança. Realizada a mudança, a dor
cessa. Resta a reparação. Assim, o mais inteligente é reconhecer quando estamos
errados e nos esforçarmos para modificar nossas condutas antes da necessidade
da dor.
Há
uma exceção à regra. Rara, e por isto mesmo tratada como exceção. É o caso de
mártires, que, não tendo necessidade de sofrer, vem ao mundo em missão de
exemplo de tolerância, resignação e capacidade de perdoar. A regra geral é a
anteriormente descrita e nela devemos nos basear.
Fica
o alerta: se sua vida não vai bem, faça um exame de consciência e veja o que
vai mal. Identificado o erro, evite cair em falsas justificativas. Se achar que
o erro está nos outros, continue procurando, pois é sempre dentro de nós que
encontramos a causa de nossas angústias e, também, as respostas. Reconheça o
errado como errado e comece a trabalhar na mudança. Desculpe-se, se for o caso.
Vigie para não errar mais. Se reincidir no erro, não desanime, persevere. No
início é difícil, até pelas companhias que atraímos, mas com a tempo, vamos
mudando a sintonia, aproveitando a ajuda que nunca faltou, mas que era por nós ignorada,
vamos ficando mais fortes, errando menos. De repente, quando vem a vontade de
reincidir, paramos antes da concretização do ato errado. É a mudança. Com o
tempo, nem mesmo a vontade de errar aparece. É a cura!
Desde
o início do processo, a alegria de começar a mudança já nos conforta. O
entendimento da causa do sofrimento e a consciência de que, estando em nós a
causa só depende de nós mesmos o parar de sofrer nos ajudam e estimulam. Quem,
ao contrário, projeta nos outros a causa de suas angústias, sofre, se revolta,
reincide no erro, comete injustiças, atenta contra sua própria fé. Enfim, se
perde completamente do rumo da felicidade.
O
que lhe parece mais confortador? Depender apenas de si, confiando na justiça e
bondade de Deus ou ser um joguete dos interesses e vontades dos outros e não
ter a quem recorrer?
Certamente
a primeira opção é a melhor e a verdadeira e assim deveremos agir para estarmos
em paz conosco, com nossa consciência e com o mundo.
Nossos sofrimentos são sempre causados
por nós mesmos, o que demonstra a justiça de Deus. E não são castigos, mas
oportunidades, o que demonstra a Sua bondade.
Trecho do livro
“Simplificando sua vida”.
Publicado na Página www.facebook.com/diantedavida
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