VINGAR-SE É TOMAR VENENO E QUERER
QUE O OUTRO MORRA. (frase de autor desconhecido, por vezes atribuída a
Shakespeare ou Buda)
“Ouviste
que foi dito: ‘Olho por olho, dente por dente’. Eu, porém, vos digo: não
resistais ao perverso, mas, a qualquer um que te ferir na face direita,
oferece-lhe também a outra... dá a quem pede e não voltes as costas ao que
deseja que lhe empreste (Mt 5:38-39,42)
“Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de
serdes vistos por eles” (Mt 6:1)
Quem busca a vingança não acredita na Justiça Divina e, portanto, não
acredita em Deus. Acredita em justiça pelas próprias mãos, obedece ao orgulho.
“Lavar a honra com sangue” é se importar mais com a opinião dos outros do que
com a vida dos outros, do que com o que é certo, a Lei de Deus.
Pode parecer fraqueza, mas perdoar exige muita força, a força de vencer
aos impulsos primitivos. Pense bem: se alguém lhe tirar um olho e você revidar tirando-lhe
também um olho, isto lhe restaura a visão? Certamente não. Se foi errado da
parte dele o que fez, não erre você também. O ódio gera ódio e mal para todos
os envolvidos. Se, ao contrário, você entender que nada acontece sem a
permissão de Deus, pois “até os cabelos de tua cabeça estão todos contados” (Lc
12:7), teremos que entender que todo o mal que nos atinge, além de justo, tem
por finalidade nos ajudar a mudar. Imagine se um pai que tudo pode deixaria o
mal atingir um inocente! Todo o infortúnio, seja qual for a sua origem, tem por
causa nossos atos, sendo, portanto justo, e, ao mesmo tempo, é bom, por nos
favorecer a evolução. Por isso Deus o permite. Se o pé não doesse ao fincar no
prego, este faria mais danos. É a dor que faz ele recuar, nos protegendo. E não
foi o prego que buscou o pé, mas o nosso descuido que levou ao fato. É a dor de
dente que nos leva ao dentista para o reparo, mas, ao mesmo tempo, nos obriga a
aprender a cuidar melhor de sua higiene, prevenindo novos danos.
Aquele que, com seus atos, nos
proporcionou o sofrimento, de sua parte agiu errado e será responsabilizado por
seus atos, não por nós, mas por Deus. Jesus nos garante ao dizer: “ai do mundo
por causa dos escândalos, porque os escândalos são necessários, mas pobre do
homem pelo qual ele venha” (Mt 18:7). Caso não houvesse o erro dele, fatores
naturais provocariam o nosso aprendizado e nosso incômodo.
Diante de um prejuízo, é lícito
buscar a reparação legal do dano, ainda que seja necessário recorrer à justiça
humana, mas não são lícitos o ódio ou a vingança, pois, o ciclo destrutivo que
se criaria jamais teria fim. Quando Jesus nos diz para oferecer a outra face a
quem nos agride (Mt 5:39), imagino uma moeda que traga em uma face o ódio, e na
outra o amor. Recebemos o ódio e retribuímos com o amor, quebrando o ciclo. Ao
assim procedermos, deixaremos a sintonia que nos prendia à sequência infeliz e
ajudamos o outro a, caso queira, juntar-se a nós no campo do Amor. Quem usa o
Amor deixa de ser suscetível ao ódio, como quem troca de rádio ou de estação,
mudando a programação. Quem exerce a vingança, ao contrário, se faz merecedor
de mais sofrimento ao querer que o outro sofra. Daí o dizer-se que, ao
vingar-se, toma o veneno pretendendo que o outro morra, mas, por óbvio, morre
ele próprio, pois é quem sofre as consequências negativas de seu ato.
Trecho do livro “A filosofia na Bíblia”.
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