O QUE A SUA FÉ TEM FEITO PELA SUA QUALIDADE DE
VIDA?
“O Senhor é o meu Pastor, e nada me faltará.” Salmos
23:1
Dificilmente alguém nunca ouviu esta frase.
Dificilmente não achou linda e confortadora. Menos frequentemente, porém, na hora
da dificuldade se valeu dela para CONFIAR em Deus.
Acreditar
em Deus tem dois sentidos. O primeiro, é crer que Ele existe. O segundo é
CONFIAR em Deus. São coisas distintas. Veja aquele político que você não gosta.
Não se pode duvidar da existência dele, mas, dificilmente alguém CONFIARIA a
vida a ele.
Se
acreditamos em Deus, porque, tantas vezes, não CONFIAMOS n’Ele? Nossa vida
muda, quando o fazemos.
1 –
Justiça e Amor: Como alguém pode confiar em Deus e acreditar que possa haver
injustiças? Deus é Justo e pode tudo. Então, existem coisas que Ele faz e não
entendemos. Diz o dito popular que Deus escreve certo por linhas tortas. Não seria
muita pretensão nossa dizer que as linhas de Deus são tortas? Melhor acreditar
que temos “astigmatismo”, e vemos como tortas as linhas retas de Deus.
Colocando no nosso quotidiano esta certeza, paramos
de reclamar dos outros, paramos de esperar pela sorte, colocar a culpa de tudo no
azar. Até porque, se assim fosse, não teríamos controle sobre as nossas vidas,
viveríamos inseguros e com medo. Sabendo que Deus é justo, através das leis de
livre arbítrio (fazemos escolhas) e de causa e efeito (recebemos de acordo com
as escolhas), podemos controlar nossas vidas. Vivemos seguros de que podemos
construir um futuro feliz escolhendo bem. Como aprender a fazer boas escolhas? Aprendendo
com as escolhas ruins. Se uma escolha é ruim, gera consequências desagradáveis,
e, por isso, tentaremos não repetir. Assim, aprendemos que Deus não nos
castiga, mas nos impulsiona para acertar. Se, ao contrário, acharmos que é obra
do acaso, da maldade alheia ou do acaso, ficamos tristes, até revoltados, não aprendemos
nada, persistimos no erro, ficamos infelizes. Lembrando da Justiça e do Amor de
Deus, nos libertamos do acaso, nos tornamos protagonistas da nossa própria
história, seguros, confiantes e responsáveis.
2 – Origem Divina: Somos filhos de Deus,
criados por Ele. Como algo perfeito pode dar origem a uma obra defeituosa? Impossível.
Somos imperfeitos, ainda, mas errados, só em relação a nós mesmos. As consequências
de nossos atos agem apenas onde Deus permite que sirvam ao aperfeiçoamento
alheio, como os atos alheios só podem nos atingir para nossa melhoria.
Fomos criados simples e ignorante, sem
defeitos ou virtudes. Nos foi dado o direito de escolher, bem como a responsabilidade
sobre estas mesmas escolhas. “Tudo é lícito, mas nem tudo me convém.” 1Cor 6:12.
O que podemos escolher nos gera consequências de aprendizado. O sofrimento é
apenas o resultado da não compreensão e não aceitação deste fato. Ao entendermos
isso, deixamos de “espernear” como criança que não entende ser o medicamento
injetado a cura de seu mal e passamos a ver o desagradável como prenúncio do
agradável. O Mal não existe, apenas o Bem que ainda não aconteceu, como o
escuro é apenas a falta de luz, e o frio, a falta do calor. A fruta amarga
apenas ainda não amadureceu, cabendo a nós protegê-la, não descartá-la. O ser
humano que erra, está ainda atrasado, mas “nenhuma ovelha a mim confiada se
perderá” (João 6:39)
3 – O perdão, a culpa e a vingança: Nossas escolhas
menos felizes geram nossos problemas. Não temos o poder de criar sofrimento
para os outros, só para nós. E os outros, não podem, também, ser a causa do
nosso sofrimento, apenas o meio pelo qual ele nos chega. O Criador nos usa, uns
aos outros para o mútuo aperfeiçoamento. “o escândalo é necessário, mas ai
daquele por quem venha.” Mateus 18:7 “Assim que não nos julguemos mais uns aos
outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão.” Romanos 14:13.
Aqui vemos com clareza, no Evangelho, estas
ideias. A correção se dá por meio do nosso próximo, com melhoria para nós, se
aprendermos, e ele, por sua vez, ao errar, sofrerá a necessidade do aprendizado
no futuro. Se ninguém errasse, os meios naturais nos apresentariam as
dificuldades necessárias às nossas mudanças. Assim, não existem boas ou más
pessoas, mas aquelas que já sabem escolher, e as que ainda estão aprendendo. Às
primeiras, a vida trata melhor, estimulando o acerto. Às últimas, se somam
dificuldades, para que aprendam a escolher melhor. Ninguém sendo capaz de dar
origem ao nosso sofrimento, senão nós mesmos, a ninguém podemos culpar, tornando
desnecessário des-culpar.
O entendimento deste conceito acaba com o
ódio e a vingança e, se aplicado à perfeição, faz mesmo desnecessário perdoar,
pois, antes de culpar, entendemos a causa. E, entendendo a causa, podemos sanar
a consequência, viver mais felizes.
4 – A insegurança material: “Por isso vos
digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou
pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir.
Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?” (Mateus 6:25). Aqui, Jesus nos
ensina que a vida material se resolve na vida material. Trabalhar, poupar são
atitudes corretas, mas se inquietar com o futura, a ponto de perder a
tranquilidade, não. Dedicar tempo excessivo ao cuidado da matéria,
negligenciando o progresso moral, ser avarento, mesquinho ou ganancioso é
inverter a ordem da importância das coisas. A quem prevê, Deus provê. As dificuldades
são fonte de aprendizado. “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a
ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros
no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam
nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso
coração. Mateus
6:19-21.