sexta-feira, 13 de abril de 2018

DAR DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBEMOS

DAR DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBEMOS
“Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebeste, de graça dai” (Mt 10:8)
Dentre as recomendações dadas aos discípulos, estava esta: não cobrar por coisas que não provinham deles, mas do Altíssimo. Sé é correto o trabalhador receber por seu trabalho, é correto dar de graça o que por graça recebemos. O médico estudou, abriu consultório e cobra por seu trabalho e, se não for abusivo, estará correto, mas os apóstolos curavam por um dom concedido por Jesus, e, por isso, não poderiam cobrar. Por outro lado, tinham direito à comida e ao abrigo e quem não os desse, não os receberia. O escritor investe seu tempo e sua formação no seu ofício de escrever, mas quem escreve por inspiração divina ou transcreve obras de outros, como Chico Xavier, não pode cobrar. Francisco Cândido Xavier escreveu cerca de 500 livros, mas, sabendo não ser o seu real autor, doava os direitos autorais à caridade ou à FEB, vivendo como modesto funcionário público. Se tivesse vendido os livros, ficaria muito rico, como um Paulo Coelho, mas, optando por fazer o certo, acumulou tesouros no céu, e não “onde a traça e a ferrugem corroem” (Mt 6:19). Uma enfermeira estuda para aprender sua profissão e se desvela em cuidados com o paciente. Recebe seu salário, de forma justa, mas Madre Teresa de Calcutá. Que dedicou a vida a cuidar dos doentes mais miseráveis, teve seu sustento provido por Deus e entrou para a história. Se um padre, ou pastor, abdicam do trabalho material para dedicar-se de forma integral à seara de Deus, é justo que recebam o suficiente para seu sustento, desde que viva com simplicidade, mas quem, após a jornada de labuta diária dedica-se gratuitamente ao trabalho edificador, não pode ser menos valorizado. Ao contrário, aquele que transforma bênçãos em dinheiro, que busca enriquecer materialmente com o trabalho espiritual, merece ser criticado, pois troca a recompensa de seu trabalho por moeda de menor valor. “já receberam a sua paga” (Mt 6:2). Jesus o demonstrou ao expulsar os mercadores do Templo (Mt 21:12-13). A separação das coisas materiais e espirituais é também deixada clara nos trechos que dizem “não se pode servir a Deus e às riquezas (Mt 6:24); dai a césar o que é de César e a Deus o que é de Deus (Mt 22:21) e, com toda a clareza em "Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês devoram as casas das viúvas e, para disfarçar, fazem longas orações. Por isso serão castigados mais severamente” (Mt 23:14).
Do livro “A Filosofia na Bíblia”
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