“Quando Jesus saiu do barco e
viu tão grande multidão, teve compaixão deles e curou os seus doentes. Ao cair
da tarde, os discípulos aproximaram-se dele e disseram: "Este é um lugar
deserto, e já está ficando tarde. Manda embora a multidão para que possam ir
aos povoados comprar comida". Respondeu Jesus: "Eles não precisam ir.
Deem-lhes vocês algo para comer". Eles lhe disseram: "Tudo o que
temos aqui são cinco pães e dois peixes". "Tragam-nos aqui para
mim", disse ele. E ordenou que a multidão se assentasse na grama. Tomando
os cinco pães e os dois peixes e, olhando para o céu, deu graças e partiu os
pães. Em seguida, deu-os aos discípulos, e estes à multidão. Todos comeram e
ficaram satisfeitos, e os discípulos recolheram doze cestos cheios de pedaços
que sobraram. Os que comeram foram cerca de cinco mil homens, sem contar
mulheres e crianças. (Mt 14:14-21)
“A verdade é que vocês estão me
procurando, não porque viram os sinais milagrosos, mas porque comeram os pães e
ficaram satisfeitos. Não trabalhem pela
comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual
o Filho do homem dará a vocês. Deus, o Pai, nele colocou o seu selo de
aprovação". Então perguntaram-lhe: "O que precisamos fazer para
realizar as obras que Deus requer?" Jesus respondeu: "A obra de Deus
é esta: crer naquele que ele enviou". Então perguntaram-lhe: "Que
sinal milagroso mostrarás para que o vejamos e creiamos em ti? Que farás?” (Jo
6:26-30)
Jesus curava os enfermos, o que
era um milagre, mas, além disso, fez com que cinco pães e dois peixes
alimentassem mais de cinco mil pessoas. Porque Jesus fazia milagres? Sua missão
era curar as pessoas e alimentar seus corpos? Não! Porque, então, ele o fazia?
Os milagres e as
curas eram o pano de fundo, ou a moldura, que chamava a atenção das pessoas
para o seu poder. De que outra forma eles poderiam crer que aquele homem
simples, pobre e desprovido de pompas fosse o Messias prometido? Ainda assim
duvidavam... Quando suas palavras eram postas em dúvida pelos fariseus, Jesus as
justificava e confirmava pelos milagres. “Que é mais fácil dizer: 'Os seus
pecados estão perdoados', ou: 'Levante-se e ande'? Mas para que vocês saibam
que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados" - disse
ao paralítico: ‘Levante-se, pegue a sua maca e vá para casa’. Ele se levantou e
foi. Vendo isso, a multidão ficou cheia de temor e glorificou a Deus, que dera
tal autoridade aos homens.” (Mt 9:5-8). Quando lhes questionavam o
descumprimento do mandamento que mandava “guardar o sábado” (Mt 12:1-5),
palavras não foram suficientes, e curou, na sinagoga, no sábado, argumentando
que muito mais vale a vida de um homem do que a de uma ovelha e ninguém
deixaria de salvar sua ovelha por ser sábado, se ela caísse em uma cova (Mt
12:10-13)
Apesar disso, nem todos que o
cercavam aproveitavam as suas palavras, quando atraídos pelos milagres (Jo
6:26-27). A incapacidade de transcender fazia com que enxergassem apenas o que
mais chamava a atenção. Ainda hoje tal sucede. Há muitas pessoas que dão mais
valor aos fenômenos do que ao que eles querem demonstrar. Curas e outros fatos
extraordinários de nada servem, senão para atrair o nosso olhar para o bem que
há em seu entorno.
Do
livro “A Filosofia na Bíblia”
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