“Quando um espírito imundo sai de um homem, passa
por lugares áridos procurando descanso. Como não o encontra, diz: 'Voltarei
para a casa de onde saí'. Chegando, encontra a casa desocupada, varrida e em
ordem. Então vai e traz consigo outros sete espíritos piores do que ele, e,
entrando, passam a viver ali. E o estado final daquele homem torna-se pior do
que o primeiro. Assim acontecerá a esta geração perversa". (Mt 12:43-45)
Jesus usa aqui uma
metáfora, como se fosse uma parábola, para explicar o que ocorre com os nossos
pensamentos. Todos temos, ainda, bons e maus pensamentos. Uma história conta
que uma mãe dizia a seu filho que todos temos dentro de nós dois, lobos, um bom
e outro mau, lutando e, quando o filho pergunta quem vence, ela responde:
“aquele que você alimentar”.
Na parábola de Jesus, a ideia má
circula e, chegando à nossa cabeça, encontra abrigo e ali se instala, abrindo
caminho para outras afins, piorando a nossa situação. Este é um problema que
vivemos no nosso mundo atual. As ideias circulam, sendo que, na maioria das
vezes, as futilidades, os prazeres imediatos e os pensamentos atrasados recebem
mais destaque. Se lhes dermos abrigo, prosperarão, por encontrar ainda eco,
dentro de nós. A nossa atual condição ainda abriga pensamentos em desacordo com
o que dizemos querer para nós, mas, se não os alimentarmos, se perderão,
definharão. Existem, também bons pensamentos que, se forem incentivados,
prosperarão, se fortalecendo. É uma questão de escolha. Se a cabeça estiver
vazia, estes pensamentos menos felizes encontrarão o terreno, como se fosse um
campo baldio, onde o inço prolifera. Cabe-nos ocupa-los com boas ideias. Ler e
conversar sobre assuntos mais elevados, evitando comentários depreciativos e
assuntos que rebaixem nosso padrão vibratório; selecionar nossas companhias,
abrindo mão de quem nos puxe para baixo ou provoque brigas. Como o jardineiro
que limpa o terreno, removendo as ervas daninhas, enquanto aduba as plantas que
produzem alimento ou ornamentam, temos que estar atentos às más ideias, abrindo
mão delas antes que enraízem, ou, ao menos, antes que produzam sementes.
Deixadas por si, crescem e ocupam o lugar destinado à grama, acabam por
sufocarem a plantação, como o espinheiro na parábola do semeador (Mt 13:1-9)
O remédio contra estas ervas daninhas do pensamento é dado,
como sempre, por Jesus, quando nos ensina: “Orai e vigiai” (Mt 26:41). Ocupar a
cabeça e o coração com bons pensamentos evita que os maus aí encontrem guarida.
Do
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