DIANTE
DO DUELO
Duelo
nos dias de hoje? Isto é coisa do passado, dizem.
Infelizmente
não é. O costume do duelo foi abolido na forma como era feito, com dia, hora e
local, programado e com o objetivo de “lavar a honra”. Persiste, encoberto,
todos os dias, desde uma rixa, uma vingança, uma briga de trânsito.
Quantas
vidas se perdem por estas disputas de orgulho! E nem falo dos mortos, mas dos
que estragam suas vidas por disputas intermináveis ou por atos impensados,
contraindo pesadas dívidas para o futuro.
O
orgulho ferido, fantasiado de “honra” nos leva à retaliação, inclusive para dar
satisfação aos outros, para não parecermos covardes. Que valentia há em tentar
resolver desavenças a tapa ou a tiro, em difamar o adversário ou mata-lo em
emboscada?
Coragem é enfrentar o
inimigo real dentro de nós, o orgulho. A vitória sobre o orgulho nos faz
avançar.
--//--
Se um não quer, dois não brigam, diz o
ditado.
Não queira nunca, pois a briga nunca tem
vencedor.
Vencer é vencer o orgulho, vencer é não
brigar.
O
covarde se esconde atrás da valentia.
Trecho
do livro “Diante da vida”.
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