sexta-feira, 14 de setembro de 2018

A PARÁBOLA DOS DOIS FILHOS (Mt 21:28-32)

A PARÁBOLA DOS DOIS FILHOS (Mt 21:28-32)
O que vale mais? Dizer ou fazer? – Aparência ou conteúdo? – As atitudes valem mais do que as palavras – Sepulcros caiados por fora – A hipocrisia
            Jesus falava com os principais sacerdotes fariseus: “E o que lhes parece? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: ‘Filho, vais hoje trabalhar na vinha’. E ele respondeu: ‘Sim senhor’, mas depois não foi. Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este respondeu: ‘Não quero’. Depois, arrependido, foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram ‘O segundo’. Declarou-lhes Jesus: ‘Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem, no Reino de Deus. Porque João (Batista) veio a vós outros no caminho da justiça, e não acreditastes nele; ao passo que publicanos e meretrizes creram. Vós, porém, mesmo vendo isto, não vos arrependestes, afinal, para acreditardes nele”.
            Ao contar esta parábola, Jesus separa a atitude exterior da atitude interior, as palavras dos atos, e valoriza os últimos. Em outro trecho (Mt 6:5-8), já criticara, o Mestre, aos que buscam os lugares de destaque para rezar, além de nos ensinar “não saiba a sua mão esquerda o que faz a direita”.
            Por tudo isso, Jesus nos ressalta que somos o que temos dentro dos nossos corações, e que todas as atitudes externas só nos podem dar reconhecimento público, mas não o mérito real, que é perante Deus. Fazer o certo e fazer o bem aos outros é sempre bom, mas, se for feito com vistas ao reconhecimento público, apenas a isso servirá, mas, se for feito silenciosamente, por acreditarmos que isto seja o correto, renderá méritos no campo moral e espiritual.
            Diferente e pior, ainda, é aquele que falsifica a sua atitude, sabendo que o que faz é para aparentar ser o que não é, para alcançar posição de destaque sem merecer, para fingir, iludir, como faziam os fariseus na época do Cristo. Ainda em nossa época os encontramos. Nem me refiro aos que tentam fazer o bem sem abrir mão do reconhecimento, visto que, ainda que pequem pela vaidade, estão a caminho de acertar. Ao menos fazem o bem. Falo de quem, sem ter vontade ou intenção, faz atos exteriores, apenas em busca de vantagens materiais, como poder ou riqueza. Sem terem a evolução e nem estar em busca dela, estão ainda presos ao imediatismo e à ilusão, dos outros e de si mesmos, e se valem da hipocrisia e da falsidade para ganhos temporários, desconhecendo ou desconsiderando que, assim agindo, acumulam débitos pesados para o futuro. O que dizer então dos que o fazem no âmbito da religião, sabedores do compromisso que tem com Deus e a verdade. Jesus os cita nominalmente, em Mateus 23:13-30.
            Busque fazer o bem, em primeiro lugar, e acima de tudo. Se possível, aja com discrição, para que seus méritos sejam valorizados onde mais conta, perante Deus. Não se iluda com ganhos imediatos e nem pense em ter vantagem com aparências enganosas, pois Deus tudo vê e o mérito será dado a quem o merecer. “A cada um, segundo as suas obras”, afirma o Mestre, em Mateus 16:27.

Do livro “A moral cristã vista pelas parábolas de Jesus”.
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