sábado, 29 de setembro de 2018

A DOR

“o amor cobre a multidão dos pecados” (1Pe 4:8)
            Costuma-se ouvir dizer que a dor é necessária para a recuperação dos erros, tipo “ele já pagou, de tanto que sofreu”. É um engano.       Deus não pune, dá oportunidade de aprender e reparar, sem necessidade da dor. Ao negarmos a mudança e a reparação, surge a dor como instrumento provocador da mudança.
            Tomando como exemplo a dor física, uma simples dor de dente. Se dói muito, somos “empurrados” a ir ao dentista. Mas a opção é nossa. Se formos e tratarmos o dente, a dor cessa. Se não formos, ela piora. Mas nunca ninguém pensa que a dor de dente faz o dente se curar! Se há um “buraco” no dente, tem que ser tratado e tapado!
            Na vida espiritual, não é diferente. Somos chamados a modificar nossa conduta. Se modificamos, não precisaremos de sofrimento, apenas reparar os erros fazendo coisas boas para compensar ou consertar as erradas que fizemos. Se não mudarmos, vem a dor, para nos impelir à mudança. Realizada a mudança, a dor cessa. Resta a reparação. Assim, o mais inteligente é reconhecer quando estamos errados e nos esforçarmos para modificar nossas condutas antes da necessidade da dor.
            Há uma exceção à regra. Rara, e por isto mesmo tratada como exceção. É o caso de mártires, que, não tendo necessidade de sofrer, vem ao mundo em missão de exemplo de tolerância, resignação e capacidade de perdoar. A regra geral é a anteriormente descrita e nela devemos nos basear.
            Fica o alerta: se sua vida não vai bem, faça um exame de consciência e veja o que vai mal. Identificado o erro, evite cair em falsas justificativas. Se achar que o erro está nos outros, continue procurando, pois é sempre dentro de nós que encontramos a causa de nossas angústias e, também, as respostas. Reconheça o errado como errado e comece a trabalhar na mudança. Desculpe-se, se for o caso. Vigie para não errar mais. Se reincidir no erro, não desanime, persevere. No início é difícil, até pelas companhias que atraímos, mas com a tempo, vamos mudando a sintonia, aproveitando a ajuda que nunca faltou, mas que era por nós ignorada, vamos ficando mais fortes, errando menos. De repente, quando vem a vontade de reincidir, paramos antes da concretização do ato errado. É a mudança. Com o tempo, nem mesmo a vontade de errar aparece. É a cura!
            Desde o início do processo, a alegria de começar a mudança já nos conforta. O entendimento da causa do sofrimento e a consciência de que, estando em nós a causa só depende de nós mesmos o parar de sofrer nos ajudam e estimulam. Quem, ao contrário, projeta nos outros a causa de suas angústias, sofre, se revolta, reincide no erro, comete injustiças, atenta contra sua própria fé. Enfim, se perde completamente do rumo da felicidade.
            O que lhe parece mais confortador? Depender apenas de si, confiando na justiça e bondade de Deus ou ser um joguete dos interesses e vontades dos outros e não ter a quem recorrer?
            Certamente a primeira opção é a melhor e a verdadeira e assim deveremos agir para estarmos em paz conosco, com nossa consciência e com o mundo.
Nossos sofrimentos são sempre causados por nós mesmos, o que demonstra a justiça de Deus. E não são castigos, mas oportunidades, o que demonstra a Sua bondade.
Trecho do livro “Simplificando sua vida”.
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