“Não somos seres
materiais vivendo uma experiência espiritual, mas seres espirituais vivendo uma
experiência material” (Teillard de Chardin)
Usando um batido chavão, vivemos em uma sociedade de
consumo. Poucos de nós se preocupam em construir uma sociedade, ou mesmo uma
vida de realizações. Antigamente, as pessoas eram avaliadas pelo que eram
interiormente, hoje a avaliação mais usada é pelo que têm, pelo que são
externamente, pelo poder que exercem. As causas são múltiplas e bem conhecidas,
como os apelos da mídia, a propaganda, o esquecimento de valores morais, o
egoísmo, a busca da satisfação instantânea e a disponibilidade cada vez maior
de bens a serem consumidos.
É mais fácil adquirir um bem do que conquistar uma virtude
ou superar um defeito. São mais visíveis a casa, o carro, a roupa do que as
mudanças interiores. Mas, quanto mais temos, mais queremos. O que antes
satisfazia, agora é obsoleto, imprestável. O sonho de consumo um dia era ter
uma TV preto e branco. Passou a ser uma tv colorida, depois uma de 29
polegadas, depois, tinha que ser estéreo, depois, ser de plasma, LCD, ter home
theater, ser 3 D, conectada à internet, 4K! Isto não tem fim! A insatisfação é
a regra, pois a indústria quer que consumamos cada vez mais, gerando falsas necessidades.
O computador que compramos ontem já está ultrapassado, já não roda o novo
programa!
É a “obsolescência programada”. Tática de nos manter
eternamente insatisfeitos e consumir cada vez mais., gerando lucros
incessantes. Quem não consome é
criticado por estar “fora de moda”. É a “vingança do sistema para quem não lhe
proporciona o lucro esperado. A roupa ainda útil é relegada ao fundo do armário
ou descartada, pois não está na moda. E a moda não para de mudar. Repete
ciclos, mostrando que o problema não é a coisa em si, mas o lucro.
Podemos mudar esta situação, que só serve aos interesses
materiais dos poderosos e gera insatisfação permanente. Basta lembrarmos da
satisfação que temos ao ajudar alguém, ao dizer ou ouvir um “muito obrigado”.
As conquistas do coração não saem de moda. Jesus nos ensinava “Onde estiver seu
tesouro, lá estará seu coração, e completava, aconselhando a não acumular
tesouros onde a traça e a ferrugem roem e os ladrões desenterram. Dizia, por
fim, que seu Reino não é deste mundo. Que quem quisesse segui-lo deveria
abandonar seus bens antes.
Você crê no Deus criador ou no Deus do dinheiro? Não se pode
servir a dois senhores, pois um deles estará sempre insatisfeito, ensina
Jesus. Escolha bem, pois sua felicidade
depende disso.
Não se trata de descuidar das reais necessidades materiais.
Nosso mestre também nos alertou a “dar a César o que é de César e a Deus o que
é de Deus”, simbolizando que a matéria tem as suas necessidades. Trata-se de
estabelecer hierarquias, prioridades e a nossa prioridade deve ser a nossa
realidade permanente, espiritual, não a transitória, que é a matéria.
Independentemente de
sua religião, todas elas pregam isso, a Terra é passagem, a Espiritualidade, o
destino. Porque agir de forma contrária a esta realidade? O que somos, nos
acompanha pela eternidade e ninguém, senão nós mesmos, pode retirar isso de
nós, enquanto o que temos é perdido em um piscar de olhos, está à mercê dos
outros e das vicissitudes da vida. Aliás, muitas vezes somos privados destes
bens para darmos mais valor ao que somos. A riqueza é dura prova, a ponto de Jesus
dizer que é bem raro o rico que merece entrar no Reino do Céu.
Trecho do livro
“Simplificando sua vida”.
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