“Se teu irmão pecar
contra ti, vai argui-lo entre tu e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste um irmão”
(Mt 18:15)
Nesta simples frase
de Jesus encontram-se contidos múltiplos e importantes ensinamentos.
Inicialmente, Jesus alerta: “Quando pecar contra ti”. Claro fica que não nos
cabe, com raras exceções, ficar fiscalizando e corrigindo a vida alheia. Chefes
são responsáveis por seus subordinados, pais por seus filhos, mestres por seus
alunos. Para a maioria das pessoas, o direito da crítica fica limitado pelo
destacado acima, ou seja, quando o erro dos outros nos atinge. Ainda assim,
Jesus nos recomenda a discrição e a moderação, indicando que assim, aquele que
recebe a reclamação tem mais chance de aceita-la, e mesmo apreciá-la. Diz ainda
o ditado: “corrija um sábio e conquistarás um amigo; corrija um tolo e terás
mais um inimigo”.
Na vivência do
quotidiano, na dúvida é melhor calar. Ninguém nos nomeou “fiscal do Mundo”. Por
vezes, esquecemos que Jesus nos alertou de que é mais fácil vermos os erros
alheios, mesmo pequenos, do que os nossos próprios, por vezes bem maiores (Mt
7:5). Enquanto olhamos os erros alheios, deixamos de ver os nossos e, assim,
deixamos de nos corrigir, atrasando nossa própria evolução, esta sim nossa
tarefa. Quando, enfim, necessitamos colaborar com o outro através da crítica.
Há cuidados a tomar:
- Não reclamar, mas
corrigir: se o objetivo for humilhar, rebaixar, encobrir os nossos erros ou
buscar qualquer vantagem, melhor seria manter a boca fechada, pois certamente
não teremos bons resultados. Preferível a correção de rumo que vise auxiliar o
outro a acertar, pois, assim sendo, ambos têm a ganhar.
- “Abrir as orelhas”
antes de criticar: todos nós temos a tendência a prestar mais atenção a elogios
do que a críticas. Sempre que possível, faça um elogio sincero, antes de
criticar. Seu interlocutor se desarmará das defesas naturais que tendem a
“fechar suas orelhas” às nossas palavras. É verdadeiro, é simpático, e ajuda
sua sugestão a ser melhor aceita.
- Pare, se não for
bem recebido: se, desde o início, a crítica for mal recebida, não adianta
insistir. Só tende a piorar. Esteja a dificuldade em quem faz ou em quem recebe
a crítica, esta não produzirá efeitos positivos, se for mal acolhida. Analise o
que possa ser melhorado em você. Faça a autocrítica e cresça você com a
experiência.
Com estes cuidados,
tenderemos a ser mais bem-sucedidos. Atenção também quando for se autocriticar.
Não se culpe, se responsabilize; não se puna, se modifique; não exija de si
mesmo a perfeição, mas se perdoe. Esperar demais, seja de si mesmo ou dos
outros só servirá para torna-lo menos feliz.
Do
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