“E Deus criou o mundo em sete dias” (Gn 2:2)
“A evolução das espécies” (Charles Darwin)
Eis aí outro falso dilema proposto pelo orgulho de
religiosos e cientistas mal esclarecidos. Os primeiros chamam os segundos de
hereges e apóstatas, os segundos revidam intitulando-os de ignorantes e
obscurantistas.
Quanto orgulho, quanta estreiteza de visão de ambas as
partes!
Os menos radicais tentam conciliadoramente dizer que a
versão bíblica é uma fábula e assim deve ser entendida. Os mais extremados
chegam a impedir a propagação das idéias cientificamente provadas de Darwin nas
escolas, privando as novas gerações de apreciar os fatos.
Novamente a virtude está no meio, ou, para melhor descrever,
em ambos os extremos. Na verdade, “ciência” e “religião” falam de coisas
diferentes! Se abrissem os olhos, enxergariam a Verdade.
Deus criou o mundo (não, certamente em 7 dos nossos dias,
mas em 7 etapas, que aqui não cabe aprofundar, até mesmo pela limitação do
autor no tema). Criou, a partir de sua Vontade e energia, o espírito, simples e
ignorante, isento de virtude ou pecado. Deu-lhe o livre arbítrio, para que
pudesse escolher e submeteu-o à lei de causa e efeito (descrita como lei de
ação e reação por sir Isaac Newton), para ser justo. Concedeu-lhe várias vidas,
para que pudesse corrigir seus erros, evidenciando sua bondade. Criou as leis
naturais, que organizam o planeta, permitindo que a crosta esfriasse, os mares
se formassem e os elementos se combinassem, dando origem à vida, em formas
primitivas. Estas formas primitivas evoluíram, de acordo com Suas leis,
tornado-se mais complexas até chegar aos mamíferos e dentre eles os primatas.
Cuidadosamente os fenômenos se sucederam, restando um ponto ainda obscuro para nós,
chamado de elo perdido por Darwin. Então, surgiu o homem, ápice da criação
deste planeta. Neste momento, o espírito, que cumpria ciclo evolutivo em outras
esferas por nós desconhecidas, passou a habitar aqui, traçando sua rota
evolutiva, que incluiu migrações, entre as quais aquela conhecida como os
“exilados de capela”.
Analisemos a história bíblica de Adão e Eva.
Cada um de nós é Adão e é Eva. Fomos criados sem a
necessidade da dor. Tínhamos tudo de que necessitávamos. Nada faltava. Em um
dado momento, dentre nossas escolhas, algumas foram erradas. Tendo nos sido
apontado o caminho correto, escolhemos outro, gerando a necessidade de
trabalhar na correção destes desmandos, abandonando o Paraíso e iniciando a
peregrinação sofrida no mundo. Tudo orientado pela justiça e bondade de Deus.
Demonstra-se assim a compatibilidade entre ciência e
religião neste controverso tema, tal como se demonstraria em qualquer outro que
porventura fôssemos aqui analisar, visto que ciência e religião provêm ambas de
Deus, estudam ângulos diferentes da mesma verdade. Mal comparando, é como se
saíssem de lugares diferentes, trilhassem caminhos diferentes, mas convergentes
ao mesmo ponto.
O mesmo se dá, infelizmente entre muitas correntes
religiosas, cada uma tentando ser dona exclusiva da verdade, prometendo o “Céu”
aos seus seguidores e exclusivamente a estes. Novamente a limitação humana,
expressa através do orgulho.
Cada corrente religiosa digna (não considerando aqui seitas
de lunáticos suicidas, etc.) tem sua tarefa no mundo. Aquelas mais primitivas,
que tentam levar os homens a errar menos pelo medo, atendem à parcela menos
evoluída da população, ainda incapacitada de discernir e acompanhar elaborados
raciocínios. Vemos, e muitas vezes desvalorizamos, pessoas pregando a bíblia
sem interpreta-la, seguindo literalmente seus escritos e os ridicularizamos.
Neste momento somos nós os orgulhosos e insensíveis!
Se você está lendo este texto, por certo é alfabetizado. Lhe
pergunto inicialmente se gostaria de ser aluno de um curso de alfabetização.
Certamente responderá que não! Pergunto a seguir se deveriam ser
desvalorizados, então ou mesmo extintos estes cursos, já que lhe são
desnecessários. Certamente a resposta novamente seria não! Cabe-nos então
respeitar todas as etapas evolutivas. Acaso desconhece que sem a alfabetização
não poderia ter feito todos os demais estudos? A base é extremamente
importante, não pode ser desvalorizada. Tudo o mais daí decorre!
Trecho do livro
“Simplificando sua vida”.
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