segunda-feira, 29 de outubro de 2018

A PARÁBOLA DO JOVEM RICO

A PARÁBOLA DO JOVEM RICO (Mt 19:16-22; Mc 10:17-22; Lc 18:18-23)
Apego aos bens materiais – os mandamentos que Jesus destacou – o rico e o camelo – o papel da riqueza.
            Alguém se aproximando de Jesus perguntou: “Mestre, que farei eu de bom para alcançar a vida eterna?” Jesus lhe respondeu: “Porque me perguntais acerca do que é bom? Bom só existe um. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos”. E ele lhe perguntou ainda: “Quais”, sendo respondido por Jesus: “Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, honrarás teu pai e tua mãe e amarás a teu próximo como a ti mesmo”. O jovem ainda disse: “Tudo isso tenho observado; o que me falta ainda?” Jesus concluiu: “se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu, depois, vem e segue-me”. Então o jovem se retirou, pois era muito rico.
            O jovem tinha boa conduta, cumprindo os mandamentos enumerados por Jesus, mas, para atingir a perfeição, precisava desapegar-se de seus bens, e para isso não estava preparado. Esta é uma condição que fez Jesus enunciar, a seguir: “e ainda vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus”. A mesma palavra que, na linguagem da época era usada para designar o animal camelo era também usada para denominar um fio grosseiro feito com os pelos do rabo daquele animal, difícil de passar na agulha, embora não impossível. Vendo assim, torna-se mais fácil compreender a metáfora usada por Jesus. O que teria a ver o animal com o utensílio usado para costura? E de outra forma, Jesus estaria condenando todos os ricos, sem exceção, o que foge à lógica. Como Deus nos colocaria em uma condição que levaria de forma obrigatória ao fracasso?
            A riqueza é permitida por Deus, bem como a pobreza, por razões da nossa evolução. A desigualdade da distribuição da riqueza permite as diferentes experiências de vida, fazendo-nos dar o devido valor aos bens materiais, que é abaixo das conquistas do espírito. Permite também o exercício da caridade e da solidariedade. Quem usar seus bens em favor dos necessitados e do bem comum, do desenvolvimento da humanidade, usa bem a prova da riqueza, embora seja bem difícil resistir aos seus apelos. O jovem rico escolheu ficar com a fortuna, em vez de seguir Jesus, tal como a maioria dos portadores de riqueza faria. Cada um de nós, em algum momento, abriu mão da espiritualidade para atender aos apelos da matéria.
            Vemos ainda, neste trecho do Evangelho que Jesus, ao enumerar os mandamentos altera a clássica lista dos Dez Mandamentos de Moisés. Acrescenta o “amar ao próximo como a si mesmo”, que é a novidade, visto que à época de Moisés, o objetivo era alcançar a justiça, enquanto Jesus veio inaugurar a era da Lei de Amor. Os primeiros mandamentos dos dez de Moisés (temer a Deus, não fazer imagens, não tomar o nome de Deus em vão e guardar o dia de sábado) eram aqueles aos quais os fariseus valorizavam acima dos outros e, portanto, não foram o foco das recomendações do Divino Mestre.

Do livro “A moral cristã vista pelas parábolas de Jesus”.
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