quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018







O QUE É MAIS IMPORTANTE, A RELIGIÃO OU A ATITUDE DAS PESSOAS?

“Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem contra ti alguma coisa, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro te reconciliar com teu irmão, e então, voltando, faze a tua oferta”. Jesus (Mt 5:23-24)

Foi no Sermão da Montanha que Jesus colocou os pilares morais da sua doutrina. Começou pelas Bem-aventuranças, seguiu ressaltando a missão de seus discípulos, reafirmou que não vinha revogar a Lei, mas cumpri-la e ampliá-la. Disse que, enquanto nos tempos antigos o homem que matasse outro homem deveria ser julgado, a partir de então, mesmo um insulto seria considerado falta grave, merecedora de repreensão.
Ao proferir a frase acima destacada, o Cristo nos alertou de que a conduta exterior, mesmo a religiosa, de nada vale se não for aplicada no dia a dia. Se o católico, sair da missa, o evangélico do culto e o espírita do seu trabalho e continuarem a agir como antes, melhor seria nem terem ido a seus templos, mas usarem antes esse tempo para mudar o que têm feito de errado, para depois lá comparecer. De que serve o culto exterior, se não for acompanhado de melhora no comportamento de cada dia? A religião, enquanto ritual, hábito ou atitude exterior, de nada vale. O valor dela está em nos re-ligar a Deus, já que este está sempre ligado a nós, por ser onipresente e onisciente. Cada religião, com as suas características, toca mais a um grupo de pessoas, como cada chave abre a sua fechadura. Não há religião melhor ou pior, mas há aquela mais adequada àquela pessoa. O que importa é colocar a chave, girá-la, abrir a porta e entrar. Se o Evangelho não sair da prateleira e entrar no coração, será letra morta, e nós, sepulcros, caiados por fora e cheios de podridão por dentro, como descreveu Jesus (Mt 23:27). Seremos como os hipócritas, que gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos por todos (Mt6:5).
Na Parábola dos dois filhos (Mt21:28-32) Jesus conta que um pai chamou os dois filhos para trabalhar com ele. O primeiro disse que iria e não foi, enquanto o segundo disse que não iria mas, arrependendo-se foi. Disse que aquele foi o que fez a vontade do pai, ressaltando que as palavras não contam, mas as atitudes. Comparando-se, quem segue uma religião, diz ao Pai que vai trabalhar em Sua seara e quem faz o bem é quem efetivamente trabalha. Dizer-se seguidor de tal ou qual religião apenas nos aumenta a responsabilidade, pelo compromisso assumido. O que conta é mudar o comportamento errado. Porém, não entendamos mal estas palavras, pois Jesus não exigia a perfeição de seus discípulos. Ao contrário, misturava-se aos pecadores e, quando questionado sobre isso, respondeu que “os sãos não necessitam de médico, mas os doentes (Mt, 9:12). Jesus condenava o pecado, não o pecador. Religião não é medalha de perfeição, mas ferramenta para o aperfeiçoamento. Faça de sua religião um meio de se melhorar, de se aproximar do Pai, não um objetivo em si. Lembre-se de que Jesus condenava o fato dos fariseus fazerem de forma correta o culto exterior da religião judaica, mas agirem de forma ao contrária a estes ensinamentos e nos disse: "Se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus. (Mt 5:20)
Trecho do livro “Simplificando sua vida”.
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