“E estava ali um homem com uma das mãos atrofiada.
Procurando um motivo para acusar Jesus, eles lhe perguntaram: ‘É permitido
curar no sábado?’ Ele lhes respondeu: ‘Qual de vocês, se tiver uma ovelha e ela
cair num buraco no sábado, não irá pegá-la e tirá-la de lá? Quanto mais vale um
homem do que uma ovelha! Portanto, é permitido fazer o bem no sábado’. Então
ele disse ao homem: ‘Estenda a mão’. Ele a estendeu, e ela foi restaurada, e
ficou boa como a outra.” (Mt 12:10-13)
Os fariseus, que
cumpriam apenas a forma da Lei, sem atentar para o seu real significado tentavam
acusar Jesus, para desconstituir a autoridade que ele conquistava com suas
curas e suas pregações. Tentavam que ele infringisse a Lei, para poder
condená-lo. Jesus, que cumpria a Lei em sua essência, não caia nas armadilhas,
por ser muito superior, moral e intelectualmente aos seus oponentes.
Qual o real
significado do mandamento que manda guardar o dia de sábado para o Senhor?
Na concepção dos
fariseus, bastava abster-se de realizar determinadas atividades. Para Jesus,
que entendia a intenção da norma, guardar o dia de sábado era dedicar este dia
às coisas do Senhor, sendo que auxiliar aos outros não feria o mandamento. Ao
contrário, pois “o que fizerdes a um destes pequeninos irmãos, a mim o fazeis”,
diz Jesus em Mateus 25:60. Vemos ainda hoje correntes religiosas que seguem o
mandamento ao pé da letra, e as respeitamos. Entendemos, porém, que “guardar o
dia de sábado” pode ser feito em qualquer dia e horário, pois consiste em
reservar, na correria de nosso quotidiano, tempo para a espiritualidade, para
ler e meditar, ou conversar sobre as coisas de Deus. Tempo para ir ao lugar
onde você se encontra com Ele, seja uma Igreja, um Templo, uma Casa Espírita ou
o seu próprio quarto. De nada adianta, ao nosso ver, passar em inatividade um
determinado dia da semana, sem dedicar os pensamentos à evolução espiritual, a
buscar o Reino dos Céus. A diferença entre Jesus e os fariseus, que ele tanto
criticava, era que, enquanto os últimos buscavam o culto exterior, as
aparências, o Mestre vivia a Lei em sua essência.
Do
livro “A Filosofia na Bíblia”
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