A PERFEIÇÃO DA
CRIAÇÃO DE DEUS
“Então disse Deus:
"Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. (Gn 1:26),
Sendo Deus perfeito,
sua obra deve ser perfeita; e nós somos a sua obra! Assim, como podemos errar,
ser imperfeitos? Eis aí um importante ponto para reflexão.
A resposta está em
que nós, seres humanos, somos criações perfeitas de Deus. Perfeitos sim, mas
ainda incompletos. Deus nos criou simples e ignorantes, sem maldade ou vício. Destinados
a evoluir. Deu-nos o Livre Arbítrio e a Lei de Causa e Efeito. Providenciou que
cada um tivesse uma partícula d’Ele, chamada consciência, para servir de guia
nas escolhas. Fixou o destino final, mas deu-nos a liberdade de escolher o
trajeto. Criou leis perfeitas que determinam o que acontece em cada situação, e
estas leis nos impulsionam sempre à nossa destinação.
Como criaturas de Deus,
fazemos nossas escolhas, mas o erro é um nome errado para as que não nos levam
na direção correta. Em sua perfeição, o Criador nos deu esta liberdade de escolher,
e nós a usamos. O que pode haver de errado nisso? Nada. Porque então sofremos? Inicialmente,
convém lembrar que, se a dor é inevitável, podemos evitar o sofrimento. O sofrimento
vem da incompreensão da necessidade da dor. Sofre a criança ao receber a injeção,
pois, não entendendo a razão, esperneia. O adulto, que a compreende, relaxa a
musculatura e sente a picada da agulha mas, sabendo a razão, não sofre, a
menos, claro, que aja como uma criança.
Porque algumas das
nossas escolhas trazem consequências desagradáveis, se Deus foi quem as permitiu?
Para que possamos aprender com estas escolhas. A lei de Deus nos impulsiona
para a perfeição, pelo caminho mais curto, mas nos permite escolher. Se saímos
deste caminho, a estrada se torna irregular, provocando necessidade de mudança.
Reclamar dos buracos, quando saímos da estrada, é inútil. Urge retornar a ela. Os
buracos não são “punição, mas a consequência de nossas escolhas. Veja bem, das
NOSSAS escolhas, não das escolhas do outro. Assim, de nada adianta tentar
responsabilizar nosso irmão pela nossa vida, pois as escolhas dele refletem na
vida dele. Deus aproveita as imperfeiçõe4s de um para ensinar ao outro, como as
pedras do fundo do rio alisam umas às outras, tornando-se com o tempo o atrito,
lisas.
Deixe, portanto, de
culpar aos outros pelas circunstâncias de sua vida, pois eles são apenas
portadores do que necessitamos, embora responsáveis, perante as próprias vidas,
pelas escolhas que fazem. Podemos escolher ser os portadores das coisas boas ou
das desagradáveis, e isso nos tornará mais felizes ou menos, sempre de acordo
com nosso Livre Arbítrio.
Assuma o
protagonismo de sua vida! As leis de Deus são as mesmas para todos. Se alguém
lhe parece mais feliz, aprenda com ele o caminho, não inveje. Não culpe, para
não ter que desculpar. Se o irmão lhe traz o desconforto, tome-o como
mensageiro de Deus, e leia a mensagem. A mensagem da dor é MUDE! Não é RECLAME.
Tampouco cobre demais de si mesmo. Aceite que existem imperfeições e trabalhe
para superá-las. Aceitar o erro é ser humilde. Não atribuir a culpa ao outro é
ser responsável. Pensar antes de agir é ser prudente. Fazer o bem é ser o
agricultor da própria felicidade.
Trecho do livro
“Simplificando sua vida”.
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