domingo, 21 de abril de 2019

A PÁSCOA – TEMPO DE RENOVAÇÃO

“Eu sou o Senhor. Eu os livrarei do trabalho imposto pelos egípcios. Eu os libertarei da escravidão e os resgatarei com braço forte e com poderosos atos de juízo. Eu os farei meu povo e serei o Deus de vocês. Então vocês saberão que eu sou o Senhor, o seu Deus, que os livra do trabalho imposto pelos egípcios. E os farei entrar na terra que, com mão levantada, jurei que daria a Abraão, a Isaque e a Jacó. Eu a da­rei a vocês como propriedade. Eu sou o Senhor" (Ex 6:6-8)
Deus prometera Canaã aos patriarcas. Tendo os irmãos de José o entregado na mão dos Egípcios e este, por sua capacidade, conquistado posição entre os egípcios, ficaram os judeus por lá, desfrutando de riqueza e prestígio. Mudando, porém, o faraó, passaram a ser tratados como escravos. Tendo o faraó medo deles, por serem mais fortes e numerosos, mandou que lhes matassem os varões ao nascer (Ex 1:8-21). Escapou Moisés, em um cesto de vime, sendo adotado pela filha do faraó, que não sabia quem ele era (Ex 2:1-10). Ao crescer, acabou por ser o libertador do povo hebreu da escravidão sob o jugo egípcio. Esta libertação, porém, não se deu sem dor. Por causa de seus erros e da falta de fé, como a adoração do bezerro de ouro (Ex 32:4), precisaram vagar sem rumo, no deserto, por 40 anos. Deus não os levou pelo caminho mais curto para que não se arrependesse, diante das dificuldades e tornasse ao relativo conforto da escravidão (Ex 13:17). Ainda assim se queixava e pensavam retornar (Ex 16:3), preferindo a escravidão a passar pelas dificuldades. Apenas a geração seguinte viu a terra prometida, mesmo Moisés morreu antes de ali entrar (Ex 34:4-5). Deus não os abandonou, deu-lhes o sustento (Ex 15:25, 16:4), mas a conquista foi pesada.
Nas nossas vidas também. Acabamos por adquirir hábitos, calcados no erro, submetendo-nos ao que não seria o nosso destino. Abrindo mão do que nos era de direito por erros e nos iludindo com ganhos materiais. Chega, porém, o momento da cobrança. Ela é dura, e visa nos ensinar a não repetir os erros. Ainda assim, erramos de novo e criamos mais sofrimentos. Quando parece que Deus nos abandonou, lá está Ele cuidando de nós, resolvendo os problemas que nos parecem insolúveis. Tal como os hebreus, muitas vezes só na próxima geração (encarnação) terminam os nossos sofrimentos e retornamos ao nosso lugar.
Reflitamos: de que valeu a traição dos irmãos a José? Acaso não se tornou ele maior ainda do que era? De que valeu aos hebreus se demorarem em terra estranha? Acabaram por serem escravizados pelos egípcios. O que resultou da idolatria dos hebreus no deserto, senão a demora em chegar a seu destino?
Pense no que a vida lhe oferece. Valorize, não queira mal ao seu irmão por inveja. Não cobice o que é do outro. Deixe tudo para trás, quando se encontrar escravizado por costumes estranhos a seu pensamento. Não siga outro caminho senão o caminho de Deus, por maiores que sejam as promessas e lembre-se de que Ele jamais o abandona. Confie em Deus diante da maior dificuldade, pois ele purificará a água e lhe dará o alimento antes que pereças. Abra mão de tudo o que não serve, ainda que lhe dê prazer, pois o escraviza. Lance-se ao deserto, se for o certo, na certeza de que Deus não lhe faltará. Não se desvie do rumo, balize-se na sua fé. Eis as lições que podemos tirar da páscoa judaica.

Trecho do livro “Simplificando sua vida”.
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